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o mundo open source encontra o Flash

A plataforma Flash da Adobe tem sido uma constante desde a popularização da multimídia na Internet. Por vários anos foi a única alternativa viável para quem precisava distribuir vídeos ou conteúdos com interação mais sofisticada, como jogos, em seus sites. A moda agora são tecnologias abertas, como o HTML5, que, no entanto, muitas vezes têm foco ou propriedades muito diferentes do Flash, o que faz com que o player da Adobe ainda seja muito usado (aliás, o Managana, software livre para publicação digital da Ciclope, usa a versão 10.1 do Flash player).

Aqueles que reclamam de uma “ditadura da Adobe”, no entanto, continuam a alardear a dependência que essa situação gera da gigante de software, mas isso tem mudado muito nos últimos tempos. Primeiro, nos idos de 2008, grande parte do Flex SDK (um conjunto de ferramentas para criar conteúdos swf, executados no Flash player) foi liberada pela Adobe sob a licença MPL (Mozilla Public Licence), a mesma usada pelo Firefox. Já no final de 2011, outra novidade: o Adobe Flex passou a ser o Apache Flex, projeto em fase de “inclubação” da fundação Apache.

Mesmo que as iniciativas oficiais da Adobe em tornar o Flash uma plataforma mais aberta tenham sempre focado nas ferramentas de criação de conteúdo, há pessoas pensando que deveríamos ter alternativas ao próprio player. E já existem projetos bem adiantados quanto a isso. Um deles, o Gnash, se foca em criar uma alternativa para os players até a versão 8 (para os técnicos, AVM1). Outro projeto muito interessante é o Lightspark, com compatibilidade ligada aos players versão 9 e superiores (AVM2).

E, para terminar, além de ferramentas de criação e players, há toda uma comunidade criando conteúdo e código disponibilizado sob as mais diferentes licenças livres. Um ponto de encontro para essa turma é o site Open Source Flash (OSFLASH), com vários tipos de projetos. Ah, e basta procurar lá por ‘Managana’ e…. bingo.

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