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25 de junho sábado 10 hs lançamento do livro transmídia poemas de brinquedo

livrepoemasdebrinquedoDia 25 de junho, sábado, 10 hs da manhã, na nova Bibloteca Infantil e Juvenil de Belo Horizonte, no Centro de Referência da Juventude, na pca da Estação, ao lado do Museu de Artes e Ofícios, acontece o lançamento do livro transmídia Poemas de Brinquedo, de Álvaro Andrade Garcia.

No evento, será apresentada ao público a versão digital em formato de app para android e ios e a versão impressa em forma de cartões para brincar e manusear.

Haverá também um colóquio sobre usos dos Poemas de Brinquedo em contexto educacional com a presença do autor e do poeta e performer Ricardo Aleixo, que vocaliza os textos.

Acesso à versão on line para visualização em navegadores com flash player (e informações para baixar o app e obter o livro): http://www.sitio.art.br/poemas-de-brinquedo/

Acesso à seção de imprensa com informações para divulgação (fotos, vídeos, textos, links etc): http://www.ciclope.com.br/category/imprensa/

 

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liberdade na elo collection volume 3

liberdade-elo

a obra Liberdade, produzida numa oficina de criação literária em ambiente digital no Núcleo de Pesquisas em Informática Literatura e Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina, em dezembro de 2013, durante o II Simpósio Internacional e VI Simpósio Nacional de Literatura e Informática, foi escolhida pela Electronic Literature Organization para participar da sua terceira coleção de obras relevantes de literatura digital.

Aqui o link para a página da obra na coleção:
http://collection.eliterature.org/3/work.html?work=liberdade

Para aqueles que desejam conhecer a Electronic Literature Organization:
http://eliterature.org/

Aqui o link para conhecer a obra no site do ateliê Ciclope:
http://www.ciclope.com.br/liberdade/

Liberdade teve a participação de Álvaro Andrade Garcia e Lucas Junqueira em várias etapas da sua criação, desde a concepção, produção de conteúdos poéticos, processamento de audiovisuais até a programação do software.

 

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livrEs - livros eletrônicos para dispositivos móveis

Liberdade – 3d poetic environment

Liberdade (Freedom) was created in a workshop of creative writing in digital environment in the Center for Research in Computer Literature and Linguistics (NuPILL) at the Federal University of Santa Catarina, in December 2013, during the Second International Symposium and VI National Symposium on Literature and Information Technology.

From a previous preparation, along an immersive week, a multidisciplinary group of digital artists produced content and software for three-dimensional poetic environment with features and scenarios of games. After adjustments and corrections in the initial version we have here the final version of this workshop to download.

Click the link bellow to download the file that must then be decompressed. In it there is a text file with installation instructions (README-FIRST.txt).

Liberdade version 5 for Windows:
http://www.ciclope.com.br/download/liberdade5.zip (147 mb)

The work takes us to an imaginary island, surrounded by water, where poetry emerges in the form of graphics and texts in visual interface, and in audio interface with declamation available in various hotspots around the environment. As a game, visitors can move around the environment and even fly for a while between imaginary structures made of paper textures that support the scenarios and hotspots. Soundtracks, animations and videos make up the environment. Visitors acquire memories of what they saw as they pass by hotspots marked with colors representing emotional states linked to the texts: meeting, mismatch and loneliness. Those who leave the island and go to the water lose those memories and return to the beginning of the game. The accumulated memories can be accessed at any time. In the multiplayer version memories may also be exchanged by visitors, when they get close to each other.

Credits:

Direction: Alckmar Santos and Chico Marinho
Conception:Alckmar Santos, Álvaro Andrade Garcia, Chico Marinho, Dalva Lobo, Lucas Junqueira and Wilton Azevedo
Graphic design: Chico Marinho and Francisco Marinho
Computational creation: Lucas Junqueira, Letícia Cherchiglia and Chico Marinho
Additional programming: Flávio Houaisen
Literary creation: Alckmar Santos, Álvaro Andrade Garcia, Chico Marinho, Dalva Lobo and Rogério Barbosa
Music creation: Wilton Azevedo (participation Lane Lucarelli)
Voices: Alckmar Santos, Carlos Falci, Chico Marinho, Cláudia Vilarouca, Dalva Lobo and Rogério Barbosa
Special participation: Alamir Aquino Correa and Gilbertto Prado

Link to the Symposium site where the workshop took place:
http://simposioliteraturainformatica.ufsc.br/

 

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palavrador na revista polifonia da UFMT

O Palavrador, ambiente poético 3d em forma de game, criado numa oficina transdisciplinar no Festival de Inverno da UFMG em julho de 2006 continua instigando pesquisadores.

Foi publicado na revista Polifonia da UFMT o artigo ‘O Palavrador e a relação humano-máquina a partir do conceito de hábito merleau-pontiano’ de Otávio Guimarães Tavares, da UFSC.

No final do texto ele analisa o lugar central de 2 poemas na obra, para quem conhece são os poemas que interagem numa formação dupla de cones. Os textos são de Alckmar Santos e Álvaro Andrade Garcia que também colaborou com outros poemas inseridos na obra. Lucas Junqueira atuou na programação do software.

O link para a revista:
http://periodicoscientificos.ufmt.br/index.php/polifonia/article/view/3262/2315
.
Para quem não conhece o Palavrador, veja mais em:
http://www.ciclope.com.br/palavrador-ambiente-poetico-tridimensional/
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visit minas gerais na expo milão

Está on line, disponível também em app, (procure ‘visit minas gerais’), a mais nova cria do ateliê.

Visit Minas Gerais é um guia audiovisual interativo sobre o estado de Minas Gerais no Brasil. Águas, relevo e biomas. Aspectos da economia: mineração, indústria, agricultura e serviços. Belo Horizonte, a capital, o cenário da sua economia criativa e do turismo de negócios. Um portal que abre o acesso a imagens dos principais destinos turísticos mineiros, a estrada real, as estâncias hidrominerais, o sertão, o jequitinhonha, ecoturismo, aventura. Uma seção dedicada à gastronomia, com harmonizações dos principais pratos e quitandas com cafés, águas minerais, bebidas, produtos artesanais e com denominação de origem. Uma combinação de videoclips interligados por uma rede de links que deslocam o visitante pelo mapa de satélite do estado.

Visit Minas Gerais foi desenvolvido para a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais. O app rodará em HD em videowalls acoplados a touchscreens na Expo Milão a partir de 15 de outubro. A criação foi num esquema ‘creative commons’, junto com a arquipélago e a voltz design.

Em Percurso de Águas, acompanhe as águas pelos biomas do Estado e conheça algumas de suas unidades de conservação.

Em Mais Minas Gerais você conhece o estado e suas atrações turísticas, num grande menu de degustação audiovisual

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imaginação digital no vii seminário de pesquisa em literatura e criação literária na unimontes

seminario

 

Acontece em Montes Claros MG, entre 7 e 9 de outubro, na Unimontes, em conjunto com a programação do 29 encontro Psiu Poético, o VII Seminário de Pesquisa em Literatura e Criação Literária. O tema desse ano é A Palavra Reinventada: Com Quantos Caracteres Se Faz Literatur@’.

Álvaro Andrade Garcia irá participar realizando uma oficina sobre imaginação digital, onde além de discutir a poesia em meio digital, os participantes poderão participar da experiência de criar um trabalho com o software livre Managana. O resultado da oficina será exibido no encerramento do evento juntamente com outros trabalhos do autor.

Acesse:

Site do Seminário

Informações sobre a oficina Imaginação Digital

 

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obra coletiva liberdade na galeria 3/14 em evento da ELO em bergen, noruega

Entre 4 e 26 de agosto, na galeria 3/14 de Bergen, Noruega, ocorre o evento  Decentering: Global Electronic Literature Collaboration , promovido pela ELO (Electronic Literature Organization) e a Universidade de Bergen.

Exposto no evento, Liberdade é um ambiente poético 3d, coletivo, imersivo e colaborativo. Foi produzido numa oficina de criação literária em ambiente digital no Núcleo de Pesquisas em Informática Literatura e Linguística da Universidade Federal de Santa Catarina, em dezembro de 2013, durante o II Simpósio Internacional e VI Simpósio Nacional de Literatura e Informática. A coordenação do trabalho é de Chico Marinho e Alckmar Santos. O ateliê participou, com Lucas Junqueira na programação de software e Álvaro Andrade Garcia colaborando no roteiro, produção audiovisual e com poemas de sua autoria.

Mais sobre Liberdade:
http://www.ciclope.com.br/liberdade/

 

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grão no peru

Recebemos recentemente esta matéria de jornal peruano, referente a participação de Claudia Kozak  – anfitriã argentina do E-Poetry 2015 – em seminário  sobre literatura digital em Lima, no último maio. Ela levou nosso Grão na sua bagagem. Pouco a pouco, ele vai se espalhando…

Conversatorio: Literatura Electrónica Latinoamericana. Dónde, cómo, por qué

CLAUDIA-

Literatura Electrónica Latinoamericana. Dónde, cómo, por qué
Miércoles 6 y jueves 7 de mayo | 7 p.m.
A cargo de: Claudia Kozak (Argentina)

Con el propósito de sumar aportes –teóricos, históricos y críticos– para la comprensión de los cruces entre las tecnologías digitales y la literatura en América latina, el seminario tomará por objeto el desarrollo de la literatura digital contemporánea en relación con líneas de experimentación artística que atraviesan el siglo XX y se continúan por otros medios en el presente.

Partimos de la base de que arte y técnica anclan en un sustrato común, puesto
que ambos pueden entenderse como formas de hacer mundo, regímenes de experimentación de lo sensible y potencias de creación, sean éstas gloriosas o catastróficas. Y en una época como la nuestra, más proclive a la catástrofe que a la gloria, e irremediablemente artificial –como si dijéramos también, sacrificial: sacrificada en el altar técnico– arte y técnica permiten comprender las imágenes de mundo que nos damos y, en función de ello, los futuros que imaginamos. Sin embargo, no todas las zonas del arte ponen de relieve esa confluencia. Tecnopoéticas, arte tecnológico, poéticas tecnológicas son algunos de los nombres que los estudios sobre el tema han planteado para las zonas del arte que sí lo hacen. Y la literatura electrónica, decididamente, forma parte de esas zonas.

Así, el seminario propondrá algunos recorridos por la literatura electrónica latinoamericana, a partir de los cuales intentaremos responder las preguntas que esta nueva práctica artística nos plantea: ¿Qué entendemos por literatura electrónica? ¿Cuál es la relación entre esta literatura y otras prácticas artísticas en el marco de las ciberculturas contemporáneas globales y/o glocales? ¿Es necesaria una literatura digital latinoamericana? ¿Es posible plantear para ella alguna especificidad regional? ¿Hay una política de la literatura electrónica latinoamericana?

Reunión 1:
Derivas (tecno) experimentales de la literatura en su cruce con otros lenguajes –visuales, sonoros, corporales–. Literatura digital: definiciones, géneros y debates. ¿Electrónico o digital? Primeros poemas digitales: las series IBM de Omar Gancedo (Argentina, 1966) y Le tombeau de Mallarmé de Erthos Albino de Souza (Brasil, 1972). De IB(M) a IP: momentos en/del dominio digital. Productores y receptores. ¿Escritores o artistas/programadores? ¿Cómo se lee? Ejercicios de lectura contemporánea: Grão de Alvaro Andrade García (Brasil); Partidas y Mis palabras de José Aburto (Perú).

Reunión 2:
Políticas de las translenguas experimentales en la ciberliteratura. Políticas hegemónicas de las lenguas en contextos global-digitales. Sobre desvíos, desfueros de la literatura y filosofías del acontecimiento. Literatura digital contemporánea latinoamericana y translenguas migrantes: Bacterias argentinas de Santiago Ortiz (Colombia-España), El drama del lavaplatos, proyecto PAC (Poesía asistida por computadora) de Eugenio Tiselli (México-España); Eliotians y Perlongherianas de Iván Marino (Argentina-España); IP Poetry Gustavo Romano (Argentina-España); Radikal Karaoke de Belén Gache (Argentina-España), Tierra de extracción de Doménico Chiappe y otros (Perú-Venezuela-España).

Claudia Kozak

* Doctora en Letras (UBA), Investigadora Independiente CONICET/Instituto Gino Germani (UBA). Profesora Titular en la Carrera de Comunicación y Adjunta en la Carrera de Letras, Universidad de Buenos Aires. Es Directora del Doctorado en Ciencias Sociales de la Universidad Nacional de Entre Ríos. Miembro del Comité Académico del Doctorado en Teoría Comparada de las Artes (UNTREF). Integra el grupo editor de la revista Artefacto. Pensamientos sobre la técnica. Actualmente dirige los proyectos de investigación “Tecnopoéticas latinoamericanas. Archivo crítico de arte, tecnología y política” (Instituto Gino Germani, UBA) y “Literatura y experimentación en América Latina. Hacia una política de las translenguas” (Instituto de Investigación en Arte y cultura “Dr. Norberto Griffa”, UNTREF).

Últimos libros: Poéticas/políticas tecnológicas en Argentina (1910-2010) (compiladora y autora, Editorial Fundación La hendija, 2014); Tecnopoéticas argentinas. Archivo blando de arte y tecnología (editora y autora, Caja Negra, 2012); Poéticas tecnológicas, transdisciplina y sociedad. Actas del Seminario Internacional Ludión/Paragraphe (compiladora y autora. Exploratorio Ludión, 2011, e-book); Deslindes. Ensayos sobre la literatura y sus límites en el siglo XX (compiladora y autora, Beatriz Viterbo Editora, 2006), Contra la pared. Sobre graffitis, pintadas y otras intervenciones urbanas (Libros del Rojas, 2004).

Anfitriona del E-Poetry Festival, Buenos Aires, Argentina, 9-12 de junio de 2015.
(http://epc.buffalo.edu/e-poetry/archive/)

Sitio web: Ludión. Exploratorio latinoamericano de poéticas/políticas tecnológicas (www.ludion.com.ar)

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acervo álvaro

texto base da apresentação de álvaro garcia no e-poetry 2015

Grão é meu primeiro e último trabalho de poesia digital, e me consumiu 30 anos. Comecei a pensar no poema quando larguei a medicina para me dedicar à poesia e me dei de presente um curso, que incluía música, línguas, linguística e a leitura assídua de outros autores. Logo tive contato com o chinês e a ideografia, que fascinava gente como Serguei Eisenstein no cinema, Ezra Pound e Ernest Fenollosa na poesia. O livro The Chinese Writen Character as a Medium for Poetry me influenciou assim como a Haroldo de Campos que difundiu essas idéias no Brasil. Uma língua que grafava visualidades em contraste com a nossa que grafa sons, a etimologia visual e a etimologia sonora, o sânscrito e as línguas indoeuropéias, as diferentes gramáticas de diferentes línguas.

Na época me fascinou um poema usado com exemplo da gramática chinesa, onde um autor descreve uma cena campestre sem sabermos o ‘quem’ e o ‘quando’ da cena. E aí descubro que em chinês o tempo, a pessoa e o gênero da fala não são tão relevantes quanto para nós falantes indoeuropeus, que grudamos nos verbos essas informações. Resolvi então escrever uma cosmogonia com características desse tipo de gramática.

De início pensei em fazer fluxos de semas retirando deles os sufixos e prefixos substituindo-os por sons que poderia manipular para fazer rimas e combinações. Pensei em trocar os ‘os’ e ‘as’, por exemplo, por ‘es’ e ‘is’ do italiano, e recriar as finalizações dos verbos livremente para destruir a noção de temporalidade, pessoa e gênero. Esses sons em português nos remeteriam ao latim, e de alguma maneira uma sonoridade relacionada à religiosidade que me interessava.

E comecei a colecionar semas e a ler cosmogonias em várias religiões e lendas indígenas, enquanto paralelamente meu trabalho poético ia tomando seu rumo.

Na década de oitenta, sincronicamente com os  Campos, com Wilton Azevedo, Philadelpho Menezes e Julio Plaza, eu publicava com autores de Minas Gerais videopoemas usando pc xts em telas de 320×240 pixels e 4 cores simultâneas. Daí me tornei diretor de audivisual, roteirista e finalmente diretor de multimídia, produzindo um grande número de títulos publicados em cd roms, dvds, sites internet, exibidos em televisão, rádio, cartazes em ônibus, livros impressos etc. Meu trabalho poético digital passou a gravitar em torno de um site chamado Sìtio de Imaginação onde evoluimos a interatividade e animação usando action script, a linguagem de programação do Flash.

E foi aí que Grão amadureceu. Decidi que a cosmogonia seria escrita com semas substantivados, no singular, mantendo as terminações mais simples possíveis em português, sem conectores, com um fraseado e exibição na tela sincrônico com ideogramas, sons e imagens também ancestrais, animados e com interação programada em um software livre que criamos a partir da nossa experiência com o Sítio de Imaginação e outros audiovisuais interativos que dirigi.

Em Grão, muitas vezes usei palavras de outras línguas como o sânscrito e o inglês para mostrar essa força transversal dos sons primordiais e imaginei que esse fluxo poderia ser entendido por falantes de diversas línguas, ajudados também pelo conjunto de imagens e sons que se compõe com os textos. Ao mesmo tempo me agrada brincar com as sutis diferenças, como no título, ‘grão’ em português é ‘grain’, ‘grano’, mas também ‘muito grande’ por exemplo. Os ideogramas servem como grafismo para nós, funcionam como títulos para os fluxos, e escrevem um poema em chinês tradicional.

Já no tempo de finalização do poema, estava bem empolgado com ideias do neurocientista e filósofo português Antonio Damásio que resolve um problema que vinha desde a década de 1990 para mim e outros autores digitais. Como fazer a multimídia se tornar uma linguagem nova e que de fato integrasse os diversos media e linguagens que são usados na criação e recepção de duas obras? Philadelpho Menezes usou a palavra intermídia, eu cunhei a palavra intersenso, e finalmente peguei de Damásio a palavra Imaginação, e de Pierre Levy a expressão Ideografia Dinâmica. Tudo se encaixava e integrava. Para Damásio uma imagem no sentido mental, cerebral, é um cluster, amálgama, de diversos inputs sensoriais, mixados e sequenciados com inputs das memórias, de modo que lidamos dentro da nossa cabeça de forma integrada e descategorizada com imagens sejam visuais, sonoras, olfativas, táteis, proprioceptivas etc, quando pensamos, sonhamos… imaginamos.

E bingo, fugir da metáfora da página nas interfaces digitais era o sonho de praticamente todos os pioneiros e pensadores da informática, e meu também. Podemos ficar, por exemplo, com Theodor Nelson, que na década de sessenta cunha a expressão hipertexto, e que vai evoluir para hipermídia. Ele descreve também o que seria a transliteratura. Está destruído o espaço bidimensonal da folha impressa e aberto o espaço hiperdimensional dos links e nós. Se estamos no digital vamos abandonar a página do impresso e tentar trabalhar com fluxos de imagens como fazemos na mente e os softwares tem que se adaptar a isso. Eu hoje só uso páginas como véus, como respiros para a informação, o arroz nos pratos culinários. Mas fruição é a palavra, animação é a base da interface.

Managana, criado como software livre, serve então como ferramenta para a autoração, edição coletiva e também exibição e interação desses fluxos de imagens mentais, toda a sua estruturação parte desse pressuposto. E a poesia stritu sensu (textual sonora e visual) sente-se à vontade nesse ambiente, já que historicamente tem longa trajetória de contato com a música, artes visuais, matemática, enfim, outras linguagens e sistemas. Entretanto, o software vai bem além da poesia, cabe ressaltar que hoje usamos em audiovisuais interativos, instalações em museus e centros culturais, para publicação de revistas eletrônicas e integração com blogs e redes sociais.

Então aí está o Managana, estou no player para Windows, aqui no celular temos o player para ios e para android, temos um executável, um show time com interações sofisticadas para instalações com video mapping, integração com kinect, arduino, etc. Aqui, além da navegação pela obra podemos comentar, compartilhar, votar… e editar.

Lhes mostro a interface de edição do Managana, que tem um editor local e também web que agrega muita coisa do WordPress no sentido de ambiente de edição conjunta, com potentes ferramentas para a ‘programação’ dos fluxos imagéticos e suas interações, inclusive algoritimicas e entre dispositivos, transformando-os em controles remotos uns dos outros.

A estrutura do menu fala um pouco de sua organização, temos comunidades, fluxos, playlists, a ideia é a criação de paisagens mentais com essas playlists mixadas e sequenciadas numa espécie de meta time line e preparadas para delivery em múltiplas plataformas. E os dados são todos gravados em formatos abertos e padrão numa pasta que pode ser livremente manuseada.

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grão, fogo e managana no e-poetry em buenos aires

(atualizado em 30 de junho 2015)

O livrE (livro eletrônico) Grão, de Álvaro Andrade Garcia, desenvolvido com o software livre Managana, do ateliê Ciclope de arte e publicação digital, foi apresentado no E-Poetry 2015, evento promovido pelo Electronic Poetry Center, da universidade de Buffalo, NY, EUA em parceria com a Universidad Nacional de Tres de Febrero, da Argentina. O evento aconteceu entre 9 e 12 de junho e fez um apanhado da produção de literatura digital na América Latina e no mundo.

 

No mesmo dia, o prof.  Rogério Barbosa, do CEFET MG apresentou “A poética de Alvaro Andrade Garcia em Sítio da Imaginação: uma poesia em multiplataformas”.

 

Na sequência foi apresentada a obra coletiva Liberdade, realizada em oficina do II Simpósio Internacional de Literatura e Informática, na UFSC. Poemas de Álvaro Andrade Garcia permeiam a interface em forma sonora e em ambientes gráficos, e o software teve a pesada contribuição da mão de Lucas Junqueira. A coordenação do trabalho foi de Francisco Marinho UFMG e Alckmar Santos UFSC. A obra contou ainda com poemas de diversos outros autores.

 

Mais informações no site do evento: http://epc.buffalo.edu/e-poetry/archive/

Para acessar o livrE e conhecer Grão: http://www.sitio.art.br/grao/

Para fotos, vídeos e informação para imprensa sobre o Grão:

http://www.ciclope.com.br/download-do-grao-em-video-full-hd/

http://www.ciclope.com.br/fotos-do-lancamento-do-livre-grao-e-do-software-managana-no-espaco-tim-ufmg-do-conhecimento-em-27062012/

http://www.ciclope.com.br/textos-do-lancamento-de-grao-e-managana/

Para acessar o livrE e conhecer Fogo: http://www.sitio.art.br/fogo/