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Ecad começa a cobrar de blogs…

… que postam vídeos do Youtube com músicas. A briga promete ficar feia.

http://oglobo.globo.com/cultura/ecad-cobra-taxa-mensal-de-blogs-que-utilizam-videos-do-youtube-4233380

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Facebook: aqui você é trabalhador e mercadoria

Até parece que a gente pega no pé do face. Não é isso, suas virtudes e a importância do ‘social’ nas redes e circulação da informação hoje em dia não podem ser desconsideradas. Mas procuramos sempre acompanhar os pensadores que discutem suas características e as transformações que o capitalismo na era digital estão trazendo a muitos conceitos.

Um artigo na Al Jazeera comenta o recente lançamento de ações do face que devem precificar o valor da empresa em algo em torno de 100 bilhões de dólares. Pensando que a Microsoft com todos seus produtos valia isso, que outras empresas que cuidam de ‘redes sociais’ valem bem menos, e até quebraram, e que seu software depende de poucas pessoas, não tem nada de mais, é bem rudimentar, fica uma pergunta, o que faz o face valer tanto?

Seu valor está na montanha de pessoas que faz parte da sua rede. São seus usuários. E podemos pensar então, usando conceitos de análise econômica, que somos a mercadoria, pois são as informações sobre nossa vida, gostos e rede de amigos é que são vendidas ao mercado publicitário e empresas para configurar a receita da empresa. Podemos ir ainda mais longe, como propõe o autor do artigo e dizer que ao dar o valor à empresa somos também sua força de trabalho.

Enfim formulações que também podemos fazer, quando por exemplo trabalhamos para os bancos, usando seus sistemas de informática, substituindo os funcionários que antes faziam isso. Gosto de brincar com uma máxima que inventei para medir a eficiência de empresas neste capitalismo digital: ‘o ideal é fazer com que nossos clientes trabalhem para nós e ainda por cima paguem por isso’. Por enquanto trabalhamos de graça pro face, mas breve poderemos pagar um pouquinho por isso… para ajudar com as receitas publicitárias.

Abaixo o artigo (em inglês)

http://www.aljazeera.com/indepth/opinion/2012/02/20122277438762233.html

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código é poesia?

Um assunto recorrente aqui são confabulações sobre a frase ‘o código é poesia’ (code is poetry), uma brincadeira que levamos a sério, e que surgiu a partir de um insight sobre estes dizeres que os desenvolvedores do Word Press difundem em seu site.

A nossa visão é a de que com os apps (softwares) – envelopando obras multimídia, inclusive livros e obras audiovisuais – podem gerar interações e navegações jamais sonhadas antes, transformando até nosso conceito do que seja uma obra. Temos um novo paradigma, e podemos afirmar que no mundo digital o software entranha-se na essência das obras, serve de urdidura e modifica substancialmente a sintaxe das mídias embutidas. Tudo isso gera uma transformação na experiência de ‘leitura’ e ‘escrita’ delas.

Nesse mundo, a importância do software não pode mais ser desconectada da obra em si. Como gostamos de dizer, as obras de imaginação digital são softwares que contém mídia e não mídia distribuída como software. E estamos no limiar de experimentar as particularidades de sua poiesis inclusive na arte da programação.

Os puristas, que acreditam apenas na poesia ‘strictu sensu’ vão considerar hereges estas colocações, mas se pensamos na poesia de forma mais ampla, com suas características presentes em outros meios e locais que não o texto, elas se tornam possíveis.

Outras leituras para ‘o código é poesia’ também são feitas e não invalidam as que colocamos aqui. Uma delas parte do princípio que a programação é feita através de linguagens e sua escrita pode ser mais ou menos ‘poética’ também. A forma como são programadas as ações, a concisão, a presença do ‘autor’ em suas linhas, nos comentários para outros programadores, geram códigos que são percebidos como mais poéticos que outros.

Esse é o sentido de um concurso promovido na web, que vai publicar um livro e disponibilizar na Wired UK os melhores códigos poéticos. Vale a pena conhecer o projeto. E se você é programador, essa é uma oportunidade de participar. Você pode estar numa antologia de code-poems. Veja a proposta abaixo (em inglês)

http://www.wired.com/underwire/2012/02/code-poems/

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o desaparecimento de biblotecas no mundo digital

Um artigo muito interessante na Al Jazeera discute como está se tornando impossível criar e manter bibliotecas com obras eletrônicas. O que acontece é que antes, na era do livro, governos, universidades e outras instituições compravam livros das editoras e os colocavam em prédios onde eram catalogados e ficavam à disposição da população, que podia visitar a biblioteca, ler ali, pegar os livros emprestados, levar para casa, e se informar; hoje isso pode ser bem diferente. Podem ser criados grandes repositórios digitais de livros, organizados e catalogados, onde é possível ter além de obras no mercado, obras fora de circulação, de circulação reduzida e outras.

Ocorre que as exigências vez mais restritivas e sem padrão único das editoras e os processos por quebra de direitos autorais estão inviabilizando estas iniciativas, de certa forma destruindo uma jurisprudência que havia há séculos para as bibliotecas de livros de papel.

O fechamento da library.nu com entre 400.000 e 1 milhão de títulos é um exemplo desse problema, e exige que os governos criem legislação adequada para bibliotecas, se desejamos que elas ainda existam e que pessoas que não podem pagar por livros tenham acesso a eles. Uma questão interessante, pois justamente quando a tecnologia permite a criação de imensas bibliotecas, o sistema jurídico atual impede seu pleno funcionamento, através de inúmeras travas.

Abaixo o texto (em inglês)

The disappearing virtual library – Opinion – Al Jazeera English.

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operadoras querem taxa Google no MWC

Está repercutindo no mundo todo as declarações das operadoras no MWC dizendo que os ‘mau usuários’ tem que pagar mais por que usam muito a banda contratada. Querem também que empresas como Google, dona do youtube e outras paguem a elas pelo uso ‘excessivo’ da suas redes. Piada, não? Primeiro, não oferecem nem mesmo a banda que dizem estar nos disponibilizando, e como muitos já disseram, o que as pessoas fazem com a banda contratada não é da conta de ninguém, certo? Querem vender banda larga, mas não querem pessoas acessando vídeos, músicas e outros conteúdos feitos para bandas largas.

Operadoras defendem “taxa Google” no MWC – Radar Tecnológico – Estadao.com.br.

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dica de leitura

Para os aficionados por Wired e outras publicações sobre avanços em ciência e tecnologia, fica abaixo um link de uma enviado por uma amiga que achamos bem interessante. A cobertura é bem ampla e realmente os caras estão na crista da onda, trazendo novidades a todo instante. Vale a pena ir para o bookmark.

Kurtzweil Accelerating Intelligence (em inglês)
http://www.kurzweilai.net/

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openstreetmap

O uso amplo do Google Maps ou dos mapas do Bing pode esconder um fato que nos esquecemos sempre: esses serviços, e seus dados, são proprietários. Basta lembrar, que agora mesmo o Google começou a cobrar pelo uso do tradutor, quando integrado a páginas web. Essa é a tendência. Mesmo nos servindo bem e gratuitamente, é sempre bom pensar em alternativas mais livres, e é aí que entra o OpenStreetMap. A iniciativa vem ganhando adeptos em todo mundo, sendo o Foursquare, o mais recente:

http://blog.foursquare.com/2012/02/29/foursquare-is-joining-the-openstreetmap-movement-say-hi-to-pretty-new-maps/

Segundo o Foursquare, as melhores possibilidades de interferência na aparência dos mapas, junto ao apelo do uso de dados livres pesou muito na escolha.

Ainda falta muito para o OpenStreetMap alcançar a mesma abrangência dos concorrentes, mas vale a pena conferir o serviço, que já tem grandes áreas do Brasil mapeadas.

http://www.openstreetmap.org/

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confira a velocidade da sua conexão

A partir de hoje as empresas que fornecem banda larga por telefonia fixa terão que ter um software de medir a velocidade da conexão em seus sites, disponível para os assinantes.

É uma vergonha, a velocidade média das conexões chega a 10% da contratada e isso é legal, e o governo pega pesado para conseguir a partir de outubro míseros 60%. São os eufemismos, pagamos por uma velocidade hipotética, em alguns momentos de pico, e navegamos muito abaixo disso, pura propaganda. A consequência? A gente que trabalha com web, tablets e smartphones sabe bem disso, tem que fazer os conteúdos com menos qualidade para eles não travarem a conexão, pois o que se diz, não é o que acontece. Ora, por que não vender uma conexão de 500 k ao invés de 1 mb, e de fato oferecer isso?

Aqui a notícia com detalhes, no jornal O Tempo:

http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=145135

Aqui uma página de medição de velocidade que usamos para avaliar a velocidade real de uma conexão, quando estamos testando algum conteúdo on line.

http://simet-publico.ceptro.br/v2/

E este link é para os geeks que fazem sites, para conhecer quanto tempo está levando para algum site ser exibido, nesse caso se testa o ‘peso’ do mesmo.

http://www.webpagetest.org/

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o iPad 3 está chegando

A Apple não perde tempo e continua puxando o mercado de tablets. Especula-se que o novo iPad terá processador com 4 núcleos gráficos, melhorias na resolução de tela e suporte a 4g. 7 de março ficamos sabendo.

http://blogs.estadao.com.br/link/ipad-3-sera-lancado-na-proxima-quarta/

Atualização março 2012: Chegou com tudo que prometeu.

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óculos com computador embutido

Temos acompanhado nesse blog notícias que mostram uma das direções mais prováveis para a evolução dos dispositivos móveis. São óculos com headfones e um dispositivo móvel embutido, capazes de deixar imagens passar ou mixar elas em grau variável com informações vindas de sistemas computacionais. Já vi isso na Boing, usado por montadores de aviões com sobreposição de diagramas sobre imagens, já vimos nas guerras americanas, já postamos aqui um fabricante de óculos de esquiar que tem sua produção toda esgotada pois incorporou ao óculos um dispositivo Android.

Agora o Google aparece pesquisando nessa direção… Bem pessoal, a tecnologia para isso já está aí, e é barata, e vai pegar. Algo me diz que isso não vai demorar.

http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/os-oculos-de-ficcao-cientifica-do-google