A partir do dia 9 de novembro a FUNED, Fundação Ezequiel Dias, participa da da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2016 com seu projeto Ciência em Movimento, trazendo um caminhão-museu com vários conteúdos. A exposição estará no Expominas de Belo Horizonte, que fica na Avenida Amazonas, 6200, Gameleira, e depois circula por todo o estado.
A Ciclope participou dessa empreitada produzindo o conteúdo digital encontrado nos totens e na lousa interativa que fazem parte desse caminhão, usando nosso software livre de publicação digital, o Managana.
(Em computadores, o conteúdo abre diretamente em seu navegador. Em aparelhos Android e iOS/Apple, ele leva ao download gratuito do app relacionado.)
Para saber mais sobre o Ciência em Movimento e conferir como ficou o material produzido pela Ciclope, não deixe de assistir esse vídeo que foi ao ar pelo MG TV da Rede Globo.
Durante o primeiro semestre de 2016 a Ciclope trabalhou em conjunto com a AIC na criação de objetos de aprendizagem, parte do projeto Colabora desenvolvido no Plug Minas. Como resultado, sete aplicativos para computadores e aparelhos móveis Android foram desenvolvidos. Três desses apps são ferramentas de criação e quatro, conteúdos produzidos com a participação de professores da rede estadual de ensino, usando nosso software de publicação digital Managana.
Apps de criação
Foram produzidos três apps focados na criação de conteúdo para serem usados, principalmente, em ambiente escolar, tanto por alunos quanto por professores.
Áudio Narrativas
O app traz uma ferramenta de mixagem de áudio. Com ele é possível usar uma biblioteca de arquivos já embutida com sons próprios, como narrações gravadas pelo microfone do aparelho. Áudio Narrativas está disponível para telefones e tablets Android e também para computadores Windows.
Infográfico Fácil
Uma forma simples e rápida de criar infográficos interativos! O app traz uma biblioteca de imagens que, somadas a textos e imagens próprias, podem ser usadas para criar produções que contem com várias páginas e links para conteúdos externos. Para telefones e tablets Android e computadores Windows.
Conteúdos
A partir de uma oficina ministrada pela Ciclope no ambiente do Colabora para professores da rede estadual de ensino de MG foram produzidos outros quatro apps usando o software livre Managana. São tratadas várias disciplinas: matemática, história, idiomas e ciências naturais.
Animática: uma visão geral sobre os diversos conjuntos numéricos (Android, Windows)
Fruits: nomes de diversas frutas em vários idiomas (Android, Windows)
Revolução Russa: um apanhado de informações sobre esta importante revolução (Android, Windows)
Sistema Digestório: conhecendo melhor o corpo humano (Android, Windows)
Álvaro Andrade Garcia
Voz e posfácio de Ricardo Aleixo
Software de Lucas Junqueira – www.managana.art.br
Neste livro audiovisual e interativo, disponível gratuitamente em formato de aplicativo e também em papel, o artista mineiro Álvaro Andrade Garcia apresenta toda a potencialidade artística de obras poéticas que ultrapassam o impresso e transbordam para outras mídias. Aliando a palavra escrita à palavra entoada, as imagens poéticas às imagens cinematográficas, ele cria o que Ricardo Aleixo chama de poesia expandida.
Poemas para brincar, ler com sotaque, trava-línguas, palavras inventadas, medonhas e coisas escritas errado para consertar. Jogo do dicionário: palavrórios incríveis para adivinhar. Estórias engraçadas e barulhentas, sons para cantar e também azucrinar. Palavras com arestas e desenhos malucos, ainda sem significado, para você batizar.
Para crianças e adultos a partir de quatro anos de idade.
sintonia com outros autores
Como nascem as palavras, como se inventam palavras (Guimarães Rosa)
O que é a comunicação poética (Décio Pignatari)
Poemas para descondicionar a lógica e abrir novas formas de pensar (koans e Lewis Carroll)
sintonia com temas
Ser, estar, brincar, jogar, trabalhar.
Cultura da infância, brincadeiras com palavras.
Formação de palavras sufixos, prefixos, variações sonoras, língua culta, língua falada, gírias, idioletos etc.
Sugestões, para completar, consertar, imaginar, perder o temor do dicionário, das palavras “difíceis”.
A exposição sobre Minas Gerais no stand do Brasil na Expo Milão 2015, criada com a participação do Ateliê Ciclope, já está pronta e pode ser visitada até o final deste mês.
Para quem está curioso em saber como tudo foi feito, e de quebra descobrir o Managana, nosso software livre para publicação digital, preparamos um relato detalhado sobre essa experiência:
A explosão da distribuição digital atingiu a todos os produtores de conteúdo, mas nenhuma área foi tão impactada quanto a dos vídeo games. Eles foram os primeiros a abraçar a ideia, como normalmente são com todas as tendências, e os que mais a aproveitaram.
De consoles dedicados a computadores, lojas online surgiram e sumiram ao longo dos últimos anos. Algumas delas, como a toda poderosa Steam da Valve, são referência tanto quanto à tecnologia que empregam quanto nos modelos de negócios que desenvolvem.
E como não podia deixar de ser, várias dessas lojas, criadas com o suportes de gigantes da indústria, têm pouco respeito por questões como privacidade e direitos dos compradores. Em nome da proteção de direitos autorais e do fornecimento de funções de necessidade questionável em jogos, iniciativas como DRMs, contas de acesso obrigatórias, necessidade de conexão permanente à Internet se tornaram corriqueiras para gamers em todo o mundo.
E, mais uma vez como não podia deixar de ser, há aqueles que criam formas alternativas, mais alinhadas com os direitos dos compradores. Nesse espírito, a GOG (antigamente chamada Good Old Games*), é uma fonte que vem ao longo dos anos se dedicando a distribuir games sem DRMs ou quaisquer outras “funcionalidades” que levantem questões sobre quem é mesmo o dono de um jogo comprado. Além do site, www.gog.com, foi anunciada recentemente também uma espécie de “software cliente” parecido, em forma, com os concorrentes maiores (Steam, UPlay, etc). Em forma apenas: trata-se de um cliente opcional que poderá adicionar funcionalidades como redes sociais e partidas multiplayer aos jogos vendidos na GOG, ainda mantendo respeito aos princípios que trouxeram a loja até aqui. O anúncio da GOG Galaxy, nome da nova iniciativa, está neste vídeo:
*Em tempo: a mudança do nome de Good Old Games para GOG não foi apenas uma simplificação. Ela marca uma mudança de caminho: antes o site era dedicado apenas a trazer games antigos “de volta à vida”, mas agora mesmo jogos mais atuais podem ser encontrados por lá.
Software livre e código aberto são a mesma coisa? Para os bons entendedores a resposta é um grande e sonoro não! Mesmo assim, para aqueles que não conhecem bem as duas propostas e mesmo para aqueles que estão começando agora a se familiarizar com o assunto, pode haver grande confusão. Pensando nisso, o “guru” Richard Stallman, fundador do movimento do software livre, nos apresenta um texto muito bom sobre o assunto, e sobre como a confusão entre os dois termos pode ser um grande problema para a sociedade.
Por uma questão de idioma, há ainda mais confusão quando se trata do assunto em inglês. No idioma da terra do Tio Sam, as palavras para livre e grátis são a mesma: “free”. Isso faz com que o termo “free software” seja dúbio e provoque ainda mais desentendimentos.
Os sistemas operacionais têm ficado cada vez mais complicados nos últimos anos. O acúmulo de funções, muitas vezes questionáveis, tem criado esfinges que, mesmo lindas aos olhos dos usuários, criam enigmas praticamente indecifráveis para vários desenvolvedores.
Um resultado prático disso está nos programas que usamos. Para atender demandas de segurança ou design eles acabam tendo que “invadir as entranhas” dos sistemas operacionais se querem garantir funcionalidades como gravar opções ou oferecer recursos mais úteis aos usuários. Este é um cenário bem diferente de outrora quando bastava copiar a pasta de um software para transportá-lo para outro computador. Tudo estava lá: as bibliotecas necessárias para o programa funcionar, as opções…
Nesse sentido, o movimento de software livre tem uma vantagem. Com códigos abertos e sem a necessidade de proteger programas de serem copiados, há aqueles que se esforçam para trazer essa “roupagem de outras eras”, adaptando ferramentas bastante conhecidas para que funcionem independente de instalações, mesmo a partir de drives externos, como pendrives. A ideia é mesmo tornar os programas portáteis!
Uma dessas iniciativas que funciona em sistemas Windows é o PortableApps.com. Mesmo fugindo um pouco da premissa de simplificação, já que o site propõe um gerenciador para aplicativos instalados em um pendrive, os programas adaptados funcionam bem mesmo sem essa interface e podem ser usados sem ela. A lista de programas já disponíveis é extensa e sempre atualizada. Programas essenciais como navegadores (Firefox ou Chrome) podem ser encontrados lá e são uma ótima alternativa para carregar no bolso e usar quando você tem dúvidas sobre o uso da Internet em computadores alheios. Isso não garante a segurança da conexão, mas ao menos você terá em mãos um navegador não comprometido por extensões, complementos ou “barras” mal intencionadas.
Uma lista com os links para download dos programas adaptados. Tem pra todos os gostos: http://portableapps.com/apps
Em tempo, para aqueles que gostam do Chrome mas têm restrições quanto à coleta de dados feita pelo navegador do Google, uma ótima opção é usar o Chromium (navegador de código livre no qual o Chrome se baseia). Há um instalador no formato dos portableapps bara baixar neste endereço:
Em uma época de perseguições virtuais, aqueles que tentam não ser rastreados são automaticamente tratados com um pé atrás (olha um exemplo aqui). Nesse cenário, iniciativas como a do DuckDuckGo, que oferece um serviço de buscas anônimas, são cada vez mais importantes. Mesmo com todas as forças contra, o pato de gravata verde está fazendo parte da vida de mais pessoas a cada dia. Mais do que isso: o próprio site tem ficado cada vez melhor.
Recentemente foi inaugurado um layout mais moderno que, além de agradar aos olhos, traz novas funcionalidades e ajuda bastante na transição pra quem está chegando agora. Resultados de busca em imagens e vídeos já foram incluídos, mas se a funcionalidade que você precisa ainda não estiver por lá, existem os “bangs”. Bangs são pequenos comandos iniciados com um ponto de exclamação que redirecionam a sua busca a outros sites de forma criptografada. A própria pesquisa do google pode ser feita assim, acrescentando um !g nos termos da sua pesquisa.
Por fim, para dar uma força e ajudar na manutenção, considere desativar add-ons de seu navegador que bloqueiem propagandas (como o adblock plus) no endereço do serviço. Sim, as propagandas existem por lá também e ajudam o site a se manter. A diferença é que no DuckDuckGo elas não são direcionadas, não sabem quem você é. É possível desativar os add-ons apenas para o site.
Ninguém questiona que houve um grande impacto em nossas vidas devido à profusão das câmeras fotográficas digitais. Esse fato, aliado ao grande número de redes sociais (e ao grande número de pessoas as usando), tem uma consequência: nunca tiramos tantas fotos!
Tarefa simples em um passado não tão distante, organizar as memórias de sua última viagem (normalmente depois de esperar alguns dias por revelações em papel) são hoje uma dor de cabeça para quem quer ter um registro mais coerente das lembranças. Nesse sentido, muitas iniciativas no mundo digital já surgiram como resposta a esse problema. Uma delas é o Google+ Stories que está chegando para Android e iOS em breve. A gigante de buscas/software/propaganda aposta em seus algoritmos de detecção, aliados a meta dados gravados em mídias digitais para criar automaticamente álbuns interativos que organizem alguma narrativa a partir dos cliques desordenados que nos acostumamos a fazer.
Quer conferir o resultado? Um exemplo fornecido pelo próprio Google (é só clicar na imagem):
A grande questão agora é a mesma de sempre: estamos dispostos a fornecer cada vez mais informações a gigantes da tecnologia/propaganda/rastreamento?
Sábado, dia 17 de maio, marca a chegada do WordCamp, evento oficial do WordPress, a Belo Horizonte. Para quem não conhece, o WordPress, software livre sob a licença GPL, é hoje a plataforma mais usada em sites por todo o mundo (inclusive este que você está visitando agora).
No evento, Lucas Junqueira, membro do Ateliê Ciclope e principal desenvolvedor do nosso software livre Managana para publicação digital, vai falar um pouco sobre o uso do WordPress em conexão com outros programas. Serão estudados dois casos: a revista do festival Eletronika de novas tendências (Managana + WordPress) e o ambiente tridimensional Liberdade (Unity3D + WordPress), criado durante o II Simpósio Internacional de Literatura e Informática NUPILL/CCE/UFSC, que aconteceu em dezembro de 2013, em Florianópolis.
A palestra acontece na sala 1 do evento, 13:50. Os ingressos para o WordCamp BH já estão esgotados, mas se você quiser conferir um pouco do que vai ser falado por lá, confira a apresentação online.