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quem tem medo do Internet Explorer?

Parece que a própria Microsoft tem… Depois de vários problemas de acesso com a nova versão do Hotmail e dos serviços Windows Live, a gigante do software tomou um caminho inusitado. Desde a última semana está sugerindo que as pessoas usem o Chrome, navegador da concorrente Google, enquanto não resolve os problemas de seu próprio navegador, o Internet Explorer. A matéria completa está no blog do IDG:

http://idgnow.uol.com.br/internet/2010/08/11/microsoft-recomenda-que-usuarios-usem-o-chrome-para-acessar-novo-hotmail/

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poetry as insurgent art

“Have wide-angle vision, each look a world glance. Express the vast clarity of the outside world, the sun that sees us all, the moon that strews its shadows on us, quite garden pounds, willows where the hidden thrush sings, dusk  falling along the river run, and the great spaces that open out upon the sea… high tide and heron’s call. … And the people, the people, yes, all around the earth, speaking Babel tongues. Give voice to them all… Make it new news… Write beyond time.”

Lawrence Ferlinghetti in Poetry as Insurgent Art

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invenção

Nesse momento, em que trabalhamos no Sítio 6.0, na reformulação da interface de autor/editor, vale a pena visitar e conhecer alguns projetos que podem ajudar com boas idéias.

Este projeto do Google, é um criador de aplicativos para Android que promete uma linguagem para leigos, baseada na forma final do aplicativo e na montagem de blocos para dar vida a ele com a programação.

http://appinventor.googlelabs.com/about/

Nada como dar crédito aos ‘ombros de gigante’ (outros projetos que servem de fonte), na página do Appinventor há um link para o MIT apresentando um ambiente de criação de programas usando blocos. Vale a pena ver a home para pensar em organizar nossa página comunidades, além de conhecer como funciona o Scratch.

http://scratch.mit.edu/

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game over

termina nossa jornada pelas imagens de Caá Eté. todos de volta à ilha, desta vez para editar as imagens e tecer as histórias. à ilha de pensamento, da edição, enovelamento, agregação de camadas para finalizar mais um módulo do nosso rizoma pelos biomas brasileiros para exibição em museu sócioambientais.

(imagens da ilha do Campeche, diante de Florianópolis,  densa de histórias, das baleias mortas ali, às inscrições rupestres, a presença ancestral do homem na América. Ao fundo à direita, a praia de armação e o costão da lagoinha do leste)

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embaú e gamboa


Depois de um dia com tempo ruim, o sol volta a brilhar em Florianópolis. Rodamos por toda a ilha e seus arredores no continente, buscando os remanescentes de praias, lagoas, restingas, manguesais e florestas. Apesar do cansaço, acumulado em semanas de trabalho árduo, a região guarda uma das melhores relações entre uma capital e seu bioma. Visitamos o Parque Estadual do Tabuleiro, a mais importante formação da mata atlântica ainda preservada no estado, a ilha do campeche e sua arte rupestre…

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lagoinha do leste

obrigado

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ar, terra e água: a saga pela imagem

Aqui um pouco dos nossos trajetos para chegar aos locais onde a mata atlântica se encontra preservada. Em geral isso significa dificuldade de acesso e condições difíceis. Nosso olhar chega a estes locais de todas as formas possíveis. E nosso corpo, quebrado, se lembra das aventuras do caminho.

ar

Quando o ultraleve atravessou a cadeia de montanhas ao norte da Juréia, em São Paulo, o vento bateu forte e nos fez voltar. Uma rápida imagem memória, o que era a nossa costa. Por sorte o piscar de olhos ganhou o apoio da nossa câmera Hero, que voltou a voar e completou o serviço que deixei de fazer por prudência, permanecer vivo é uma boa coisa.

terra

Para chegar a Castelhanos, em Ilhabela, atravessamos a mata do parque estadual numa estrada bastante malhada. É isso, muitas vezes a gente nem imagina o que está por trás de uma boa imagem.

água

Ainda na ilha, tivemos que enfrentar o mar agitado pelo vento sul na saída do Bonete. A opção de 14 kms de caminhada pela mata não havia, pois um dos nossos estava adoentado para fazer a trilha. Uma parte da equipe foi por terra… e quem foi pelo mar sofreu mais ainda.

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on the fly in floripa e região

só pra fazer jus ao mau inglês bem gasto no título, segue alegoria ao nosso fly terrestre:

e ontem, o pôr-do-sol nas montanhas atrás da pousada do Capitão, na praia do Campeche, onde estamos hospedados aqui em Florianópolis:

agora, ao trabalho ;-)

algo que salta aos olhos para além da vista: floripa é ao mesmo tempo uma capital e uma cidade com incrível cultura de preservação da natureza. isso não precisaria ser uma contradição, mas tomando por base outras grandes cidades que um dia já tiveram muita mata atlântica, é impossível não se surpreender com áreas de restingas, dunas, mangues, enfim, os ecossistemas costeiros  todos abundantes na região. sintomas da contradição:  floripa já está inchada de automóveis, não tem calçada nem ciclovia. ainda assim, reitero, estamos longe de poder compará-la à maioria das capitais.

vista pro centro de Floripa:

outra vista. agora pra Lagoa da Conceição:

um estacionamento curioso na Praia da Armação:

e deu peixe lá:

agora é tempo de muuuita tainha. almoçamos nessa praia uma 1/2 porção manezinha caprichada: duas tainhas(!):

da Praia do Campeche, a vista para a ilha de mesmo nome, onde passaremos o dia amanhã e esperamos encontrar, entre outras coisas, pinturas rupestres e sambaquis:

estivemos também em Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha (nesta ordem de imagens), ambas vilas que guardam influências açorianas, localizadas no lado oeste da capital, que dá vista para a terra firme:

nesses locais, há inúmeras fazendas de ostras, largamente cultivadas na ilha e distribuídas pelo país. ali (e em muitos lugares por aqui), as gaivotas e outras aves fazem o plantão do peixe:

por fim, nossas bandas pelo continente, rumo ao Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, que abrange quase 90 mil hectares, área correspondente à 1% do estado de Santa Catarina. além da majestosa serra, o parque tem grandes áreas de restinga e outros ecossitemas costeiros, além de, lá pro interior, também ter a floresta de araucárias – entre os mais ameaçados ecossistemas da Mata Atlântica. um pouco do parque:

e a Guarda do Embaú, complexo de mar com rio e mata, que também faz parte do parque estadual:

os leitores podem estar a perguntar por que tanto mais coisas de florianópolis e região ao compararem com o apanhado um tanto resumido nos posts anteriores. em bom sotaque manezinho, a resposta: ‘na verdad’, temos material de sobra das outras regiões, mas estamos a puxar sardinha à tainha não por mal, nem por bem. ocorre que o tempo aqui está mais convidativo a esta atividade. basta. mais pra frente, oxalá colocamos mais coisas das outras localidades pois. a questão si ne que non é sempre o tempo.

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lenha na fogueira

pra quem não conhece, Richard Stallman é um “guru” – e gosta de ser chamado assim. a história de seu envolvimento na questão da liberdade de software é antiga, mas seu grande momento aconteceu no início década de 80. na época pesquisador do MIT, uma perrenha com a Xerox por conta dos drivers de uma impressora ajudou a dar forma ao movimento que hoje conhecemos como “software livre”  (sim, a culpa é sempre da impressora que não imprime – no caso, não avisava quando imprimia).

bastante radical em suas posições, o que chegou a gerar o apelido “mad dog”, Stallman tem seus inimigos declarados (mais pela mídia do que por ele mesmo). a Microsoft é, ou era até agora, a campeã de críticas principalmente por conta do Windows e do MS Office… mas os tempos mudam e os vilões também. antes um ícone de quem era legal e visionário, já faz algum tempo que a Apple virou um dos alvos preferidos dos defensores da liberdade de software.

falo tudo isso porque nos últimos dias o “guru” mudou seu novo principal alvo, afirmando que Apple é o verdadeiro inimigo público número 1! a ênfase não assusta já que a frase vem de alguém que já afirmou que o código fechado é um crime contra a humanidade. exagero ou não, mais e mais pessoas passam a concordar com Stallman a cada dia. talvez por isso a reputação da maçã esteja em baixa no público mais novo, até uns 25 anos, que tem visto empresas como a Canonical e trabalhos como seu Ubuntu como verdadeiramente legais de acordo com pesquisas recentes.

aliás, que tal testar o Ubuntu e ver do que tanta gente anda falando?

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o mato atlântico no estado de São Paulo

depois de léguas e léguas de silêncio, cá estamos de volta para compartilhar uma breve suma das nossas andanças e visadas por áreas urbanas, portuárias, histórico-culturais, matas secas (as estacionais semidesciduais), matas sempre verdes (as ombrófilas), mangues, campos rupestres, matas ciliares etc.

nessa grande esticada que demos agora, passamos por são paulo – urbe doida, Paraisópolis, Cantareira, noite de luzes no centro, entrevistas – depois fomos para Santos, filmar o porto, a Serra do Mar e um pouco da história do café; seguimos viagem para São Sebastião e Ilhabela. nesta última localidade, a floresta atlântica está protegida em 80% do território. lá foi possível chegar perto de realidades atuais, como a vida dos caiçaras em comunidades mais isoladas e a polêmica sobre a ampliação do porto de São Sebastião. vale menção ao China, que apesar do apelido é um brasileiríssimo pescador com quem conversamos sobre a vida no Bonete, uma praia de Ilhabela onde moram cerca de 200 pessoas que só chegam ao centrinho com 2 horas de barco ou 4 a 5 de caminhada. tivemos a honra de curtir (e registrar) o China tocar violão pra gente, com direito à vinho e luz de velas, e um repertório variadíssimo, desde “entre tapas e beijos” até uma canção local que relata um naufrágio que aconteceu por volta de 1940 na região… também conhecemos o Joãozinho, monitor ambiental que nasceu num remanescente de quilombo no sul de Minas Gerais e mudou para Ilhabela nos idos de 70 – ele nos deu uma aula de sabedoria sobre a mata. seguindo para Peruíbe, registramos aqueles quilômetros sem fim de areia e as casas de alta renda que se encarceram em altos muros e cercas elétricas à beira-mar (trocaram a vista pelo pacotão “segurança e lazer completos”). entramos na Juréia, pela porção de Peruíbe, passeando de barco ao longo do rio Guaraú e seu mangue. e agora, Vale do Ribeira, região com o maior remanescente de Mata Atlântica do país, o menor idh de SãoPaulo – e onde se concentram comunidades quilombolas que resguardam riquezas históricas e culturais. estamos hospedados em Eldorado, cidade rodeada de bananais. ontem fomos à Ivaporunduva, um quilombo aqui perto onde entrevistamos o Bico, um jovem que nos contou um pouco da trajetória antiga e atual da comunidade, que data do século XVI…

pedido geral aos navegantes: roguem em corrente à Santa Clara para nos devolver o sol. chove. o céu está denso. e rumamos para Floripa amanhana.

às fotos:

_a vista da cantareira é essa imagem abaixo. ela dá vista para ‘a grande urbe são paulo’ a partir de seu norte. também se vê, dali, o oeste ‘con’tido – onde se ‘con’centra renda -, e o leste, que, ao contrário, se ‘dilui’ no espaço de forma impressionantemente maior que o oeste. ao sul, ao leste e norte da cidade cresce a massa. são paulo da geografia desigual, desigualdades primordiais, ocupação desordenada, e criatividades que brotam de suas matizes cinzas.

mais sampa, agora numa de suas bordas sul, uma favela quase-cidade:Paraisópolis:

e em Paraisópolis tem o Estevão, conhecidíssimo, inclusive pela imprensa internacional, como Gaudí-Brasileiro. pois este cabra mora sob um jardim suspenso, construído pelas suas próprias mãos e ideias, em meio a uma favela de quase 60 mil habitantes. maior esmagadoramente que 80% dos municípios do Brasil. a casa do Estevão é arte-pura. o cara nunca viu Gaudí e faz uma invenção tamanha no meio de onde reina o nada. é das entranhas deste entorno que o Estevão brotou!

além do Estevão, imperdível é o Berbela. inventor de motos e bicicletas alegóricas, borboletas de lata que recobrem sua oficina mecânica. a mais nova invenção de bike dele tem dvd e gps. e a gente tem o video. acho que verão logo mais. a foto já vale o show:

bom, chega de São Paulo. hora de ver os tentáculos da megalópole quando seguimos rumo a um dos grandes portos do Brasil:

além de containers e muitas coisas mais, Santos tem a lama e o caos, a favela e a verticalização indiscriminada, respectivamente. e um mangue-mata  que resiste:

pra falar de uma coisa boa demais em Santos: a terceira idade. é animadíssima. liberam endorfina a contento caminhando, trotando e até correndo na beiramar.

e por falar de beiramar agradável, Ilhabela, ou a ilha de São Sebastião, foi nosso destino seguinte. incrível Mata que recobre mais de 80% do território da Ilha, onde se planeja com limites marinhos, isso a diferencia de qualquer outro parque nacional, estadual etc. que geralmente tem questões com limites de terra firme. fomos às praias Jabaquara, Bonete, Anchovas, Castelhanos, cartografando também subjetivamente essas áreas:

e atravessamos a balsa de volta, só pra fotografar a simpática e histórica São Sebastião:

enfim, começamos a entranhar pelo Estado de São Paulo, rumo ao Paraná. Para ilustrar precisamente a transição de ecossistemas, abaixo nossa passagem pelo mangue da Juréia. assim, vamos passando pelas múltiplas paisagens que compõe o bioma do mato atlântico:

estamos, agora, num momento win wenders da expedição, principalmente por causa do hotel em pleno Vale do Ribeira com nome igual à cidade:

vale um petit comentário sobre a locação acima: os mineiros presentes na expedição (que correspondem a 75% de uma equipe de 4 pessoas, a exceção é essa quem vos escreve) se lembraram da casa de baile. pampulhices reais…

só pra finalizar essa atualização mais panorâmica que-não-sei-o-que (numa tentativa de engrenar de vez), seguem umas fotos do pouco que a luz nos permitiu fazer hoje – fomos ao remanescente de quilombo Ivaporunduva (em tupi: rio que traz bons frutos), onde fizemos poucas imagens e uma entrevista bem sucinta e boa (aliás, as entrevistas valeriam um capítulo à parte. ficam pra estreia do filme…). ó: